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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

A Arte de Planejar




Vou iniciar relatando um pouco da minha vida "meio" planejada, as vezes acho que não só por mim, como também pelo que se denomina "destino" rsrs.
Conheci o pai do meu filho e atualmente meu marido quando tinha 13 anos em maio de 1999, depois disso, cada um foi pro seu lado, eu ingressei em um namoro que durou 2 anos e ele também.
Nos reencontramos de novo em junho de 2001, respectivamente com os antigos namoros terminados, então acabamos começando um "rolo" , que durou até setembro de 2001, durante esses meses aconteceram várias turbulações , até que ele olhou pra mim e perguntou: ainda sente algo pelo seu ex? , e eu respondi que ainda restava algo sim, afinal foram quase três anos, então ele olhou pra mim e disse: Faça o seguinte, de uma segunda chance pra ele, porque só assim você vai ter certeza que não vai dá certo, então quando se voltarmos, voltamos de vez, e assim eu fiz.
Se passaram 10 meses, e como ele falou, o namoro não vingou, e na mesma semana nos reencontramos "de novo", desde aí não nos desgrudamos mais.


Depois de 2 anos, ele foi fazer um curso em Natal, ao qual tinha um prazo de término de 4 meses, porém se passaram foi 9 meses, período conturbado esse, mas com uma grande surpresa, depois de exatos 2 anos de namoro, em julho de 2004 fui pedida em casamento.
O "planejamento" era que o casamento fosse em 2006, e o filho viesse no ano seguinte, de repente veio a surpresa e ele foi chamado para fazer outro curso em Natal, esse com período de 3 anos, pensamos em adiar a data do casamento, mas voltamos atrás e casamos em Dezembro de 2006 mesmo, porém o filho teve sim que ser "adiado".
Ele foi para Natal em Fevereiro de 2007 e eu fui em Julho de 2007, período complicado, recém casados e récem separados rsrs, quando cheguei em Natal , logo comecei a trabalhar também, daí foi que ficou sem chance mesmo de pensarmos no filho, esse que sempre foi nosso grande sonho.
Fui promovida no meu trabalho e comecei a trabalhar viajando por uma determinada região, tinha semana que conseguia dormir em casa , e semana que não, chegamos a passar mais de 20 dias sem nos ver, esse também foi um período crítico da relação. Nessas condições é que era impossível se pensar no filho.
Passaram-se os 3 anos e o curso chegou ao fim, e a hora da decisão final também: continuamos em Natal, ou voltamos pra Caicó?.
Tomei a iniciativa e opinei por voltar a Caicó por muitos e muitos motivos, abandonei o trabalho e defini: Agora é a hora , vou ter o meu filho!
Sempre defendi a teoria de quem tem um filho tem que cuidar, claro , dependendo da situação de cada um, mas eu nunca vi problema nenhum em renunciar a vida "indepedente" (ao qual a maioria das mulhers estão empregadas hoje), para ser mãe , e ter que ser "sustentada" pelo meu marido, claro que isso requer muitos critérios, mas pela vida e pelo marido que eu tinha sabia que esses critérios seriam facilmentes driblados.
Na volta a Caicó muitas mudanças e sentimentos surgiram, a volta a "monotonia" da cidade, a felicidade de está perto dos familiares, e a tristeza de está longe dos amigos que deixamos, voltei a ser uma verdadeira "dona de casa", casa arrumada todo dia, fazer almoço e jantar, esperar o marido chegar do trabalho e ver os dias passar totalmente tranquilos e sem estresses, portanto pensamos: Momento Perfeito !!
Eis que surge mais um momento turbulento na relação, agora acredito mais do que nunca que realmente existe a "tal" crise dos 7 anos rsrsrs, ela se fez presente em vários momentos durante esse ano, mas conseguimos passar por ela, e então eu cheguei a pensar: Não, esse não é o momento perfeito, vou deixar passar mais um tempo e ver até se essa "crise" vai persistir.
E exatamente nesse mês em que defini "adiar" mais uma vez, ele chegou, e com ele trouxe os melhores e maiores sentimentos que eu nem imaginava como era sentir, parece que todas as "crises" nunca existiram , e que muito menos se pensou em "adiar" esse milagre que está acontecendo.
Depois de tudo isso e dada a notícia a todos, o que mais escutei foi: Como é bom quando tudo é planejado ! E eu fiquei analisando: realmente até que ponto temos o poder em "planejar" as coisas, e até que ponto o "destino" se encarrega disso?
O destino as vezes planeja coisas as quais as pessoas não estão preparadas para viver e assumir.
Muitas de nossas crianças quando não planejadas, não são criadas pelos pais, são criados pelos avós (e essa ainda é a parte boa ) , são criadas pelo mundo, e o mundo mostra a sua verdade nua e crua , e muitas vezes não se tem uma 2ª chance de recomeçar.
Por isso digo a todos os "tentantes" a se tornarem Papais e Mamães, que planejem e planejem e "replanejem" se preciso , mas façam as coisas com responsabilidade, não deixem que a sociedade cobrem por algo que ela não vai ser responsável, não deixem seus filhos crescerem sem uma referência, e o mais doloroso, que essa referência não seja você: Pai e Mãe. Merciana Amorim.



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